Bens energéticos dominam o comércio russo-alemão
O comércio germano-russo tem-se desenvolvido de forma dinâmica nos últimos meses. As exportações alemãs para a Rússia aumentaram 43 por cento para 7,4 bilhões de euros no primeiro trimestre comparado com o período homólogo. As importações da Rússia aumentaram em 36 por cento para 9,5 bilhões de euros.
As previsões indicam um maior volume de negócios em 2011 do que no ano recorde de 2008, podendo este chegar a um valor de mais de 60 bilhões de euros. No primeiro trimestre de 201,1 a Alemanha exportou para a Rússia principalmente máquinas, equipamentos e veículos. A economia alemã está bem posicionada para beneficiar dos esforços de modernização da economia russa.
Mas a categoria mais importante de transacções russo-alemães continua a ser a energia: a Alemanha recebe mais de 40 por cento das suas importações de gás natural e cerca de um terço das importações de petróleo da Rússia. As discussões recentes sobre o gasoduto Nord Stream, ou a colaboração entre a Gazprom e a produtora de electricidade RWE em projectos de centrais na Europa demonstram a atitude ambígua em relação ao abastecimento russo: por um lado, a Rússia é vista como uma fonte importante de bens energéticos, por outro lado, teme-se a dependência de Moscovo. As autoridades russas estão também a tentar aprofundar a cooperação no âmbito de matérias-primas não-energéticas, como minerais raros utilizados em produtos de tecnologia de ponta. Estas tentativas são vistas com bons olhos na Alemanha, que já lançou uma parceria com Moscovo neste sentido.
A fim de impulsionar as relações económicas entre os países, os representantes dos dois lados torcem pela isenção de vistos entre a Rússia e a União Europeia. Como prazo específico para a abolição de vistos é frequentemente apontado o ano de 2018, no qual a Rússia irá receber o Campeonato Mundial de Futebol.